Campo do Antárctica - São Paulo, SP

Sobre a Partida

Em um domingo vibrante de 18 de outubro de 1931, o Estádio da Chácara da Floresta, testemunha de tantos embates históricos na capital paulista, preparava-se para mais um confronto eletrizante pelo Campeonato Paulista. De um lado, o tradicional América FC, buscando honrar sua história; do outro, a ambiciosa Associação Portuguesa de Desportos, com uma equipe que prometia brigar pelas posições cimeiras. A expectativa era alta, e a Lusa, com seu ataque incisivo, entrava em campo com o favoritismo.

Desde os primeiros minutos, a superioridade rubro-verde se fez sentir. A orquestração no meio-campo, com Pellicciari ditando o ritmo, abria caminhos para a velocidade dos atacantes. Foi Carlito, o artilheiro nato da Lusa, quem rompeu o zero, mostrando seu faro de gol. Pouco depois, Machado ampliou a vantagem com um chute potente. O América, com garra, conseguiu diminuir com um gol de Leal, reacendendo momentaneamente a chama da esperança em sua torcida.

Mas a tarde era lusitana. A Portuguesa não aliviou o passo, e Carlito, em dia inspirado, balançou as redes novamente. Para sacramentar a vitória e a exibição de gala, Guimarães fechou o placar em 4 a 1, com um arremate preciso. O resultado solidificou a campanha da Portuguesa no certame, provando a força de seu conjunto e a letalidade de seu ataque, enquanto o América, apesar da luta, sucumbia à superioridade do adversário.