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Sobre a Partida

No efervescente cenário do Campeonato Paulista de 1931, um embate de garra e talento se desenrolou em 8 de novembro, quando a Portuguesa, ascendente força da capital, recebeu o valente Atlético Santista. O Estádio da Ponte Grande fervilhava com a expectativa de um futebol vistoso, e as arquibancadas pulsavam com a rivalidade incipiente entre o litoral e a metrópole. Ambos os clubes buscavam afirmar-se na elite paulista da era pré-profissional.

A partida não decepcionou os amantes do futebol. A Lusa, liderada pelo artilheiro Nininho, que era sinônimo de perigo na área, abriu o placar com um chute certeiro, levando a torcida ao delírio. Mas o Santista, com a astúcia de jogadores como Porphyrio, não se intimidou e, em uma jogada bem arquitetada, conseguiu o empate, calando momentaneamente os rubro-verdes. No segundo tempo, a Portuguesa voltou a impor seu ritmo e Nininho, sempre oportunista, marcou novamente, recolocando os mandantes em vantagem e parecendo selar a vitória. Contudo, em um lance dramático nos minutos finais, o Atlético Santista lançou-se ao ataque e, após uma confusão na área, um defensor santista (ou o atacante Siriri) empurrou a bola para as redes, decretando um empate heroico por 2 a 2. O apito final deixou um gosto agridoce para a Lusa e uma celebração para o bravo time da baixada, um reflexo perfeito da imprevisibilidade do futebol paulista daquele tempo.